A palestra postada aqui foi feita pelo professor Dr. Rui de Moraes Júnior, professor do Instituto de Psicologia, lotado no Departamento de Processos Psicológicos Básicos, da Universidade de Brasília.
Ele é coordenador do projeto de pesquisa: Efeito de pistas de status socioeconômico na categorização de raça na percepção de faces.
Descrição do projeto: Dada a sofisticação social dos seres humanos e a complexidade da face, o sistema visual humano evoluiu como um classificador de padrões tão eficiente quanto preciso, particularmente para informações sociais. A tomar como exemplo a raça, uma face pode ser julgada por características físicas ou não. Este projeto tem por intuito utilizar a trajetória do cursor (mouse tracking) para investigar diferentes processos implícitos na categorização de faces humanas quando pistas de status socioeconômico estão presentes.
O tema, além de polêmico, está mais atual que nunca. Por exemplo, durante a palestra é apresentado um estudo que aponta um aumento na ativação da amígdala para percepção de diferentes faces, de diferentes classes sociais, ao longo do nosso desenvolvimento (idade). Ainda, mostra que isso é aprendido e reforçado com o tempo. Por outro lado, quanto maior a diversidade dos pares das crianças (colegas, amigos e etc.), menor a ativação da amígdala.
Mas qual a importância da amígdala? Ela está relacionada a percepção e aprendizagem de conteúdo emocional, o que pode gerar reações emocionais intensas, por exemplo, de medo.
Gostou? Assista a palestra aqui:
Aprenda mais:
Professor Rui na internet:
- Site do grupo de pesquisa: https://eupercebo.unb.br/
- Twitter: https://twitter.com/ruidemoraesjr
Artigos científicos:
Firat, R. B., Hitlin, S., Magnotta, V., & Tranel, D. (2017). Putting race in context: social class modulates processing of race in the ventromedial prefrontal cortex and amygdala. Social cognitive and affective neuroscience, 12(8), 1314-1324, Disponível aqui: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5597864/
- Telzer, E. H., Humphreys, K. L., Shapiro, M., & Tottenham, N. (2013). Amygdala sensitivity to race is not present in childhood but emerges over adolescence. Journal of cognitive neuroscience, 25(2), 234-244, Disponível em: https://www.mitpressjournals.org/doi/full/10.1162/jocn_a_00311
- Krosch, A. R., & Amodio, D. M. (2014). Economic scarcity alters the perception of race. Proceedings of the National Academy of Sciences, 111(25), 9079-9084.=, Disponível: https://www.pnas.org/content/111/25/9079.short
Imagem em destaque: @freepik